quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O Filme “O Primeiro Poder”

O Filme “O primeiro poder” de Dina Karla Miranda e o Documentário Televisivo

Primeiramente queremos dizer que documentário é muito proveitoso, pois historicamente nos mostra uma série de situações dramáticas decorrentes da linha do tempo que marca a história da televisão brasileira. Ele acompanha o envolvimento e o apoio da Globo à ditadura militar brasileira, sua parceria com o grupo americano Time Warner (naquela época, Time-Life), algumas práticas vistas como manipulação feitas pela emissora de Marinho (incluindo um suposto auxílio dado a uma tentativa de fraude nas eleições fluminenses de 1982 para impedir a vitória de Leonel Brizola, a cobertura tendenciosa do movimento das Diretas-Já, em 1984, quando a emissora noticiou um importante comício como um evento de comemoração ao aniversário de São Paulo, e a edição, para o Jornal Nacional, do debate do segundo turno das eleições presidenciais brasileiras de 1989, de modo a favorecer o candidato Fernando Collor de Mello frente a Luís Inácio Lula da Silva), além de uma controversa negociação envolvendo ações da NEC e contratos governamentais à época em que José Sarney era Presidente da República.
No entanto, o documentário abordado nos apresenta depoimentos de destacadas personalidades brasileiras, como o cantor e compositor Chico Buarque de Hollanda que na época tinha um programa na emissora, os políticos Leonel Brizola e Antônio Carlos Magalhães, o ex-ministro da Justiça Armando Falcão, o publicitário Washington Olivetto, o escritor Dias Gomes, os jornalistas Walter Clark, Armando Nogueira e Gabriel Priolli e o atual presidente do Brasil Luís Inácio Lula da Silva. Ele foi transmitido pela primeira vez em setembro de 1993 no Canal 4 do Reino Unido. A transmissão foi adiada em cerca de um ano, pois a Rede Globo contestou, baseando-se em leis britânicas, os produtores de "Muito Além do Cidadão Kane" pelo uso sem permissão de pequenos fragmentos de programas da emissora para fins de "observação crítica e de revisão".
Durante este período, o diretor Simon Hartog morreu após uma longa enfermidade. O processo de edição do documentário foi assumido por seu co-produtor, John Ellis. Quando pôde ser finalmente transmitido, cópias do documentário foram disponibilizadas pelo Canal 4 ao custo de produção. Em agosto de 2009 a Rede Record anunciou que adquirira os direitos de exibição do documentário "Beyond Citizen Kane", que tentava adquirir desde a década de 1990.
A Rede Globo tentou comprar os direitos de exibição do programa no Brasil, provavelmente para tentar impedir sua exibição. Entretanto, antes de morrer, Hartog tinha feito um acordo com organizações brasileiras para que os direitos de exibição do documentário não caíssem nas mãos da Globo, a fim de que pudesse ser amplamente conhecido tanto por organizações políticas quanto culturais. A Globo perdeu o interesse em comprar o filme quando os advogados da emissora descobriram isso, mas até hoje uma decisão judicial proíbe a exibição de Beyond Citizen Kane no Brasil. A Rede Record comprou os direitos de transmissão por aproximadamente 20 mil dólares, e espera a autorização da justiça para trasmitir.
O Filme O Quarto Poder, do diretor Costa Gravas, conta a história do repórter Max Brackett (Dustin Hoffman). Num dia comum, em que ele cobria uma matéria em um museu sobre a falta de pagamento dos funcionários, o ex-funcionário Sam Baily (John Travolta) invadiu o lugar e fez de reféns algumas crianças que estavam no local. Enquanto isso, o repórter que estava no banheiro, viu que não poderia perder a oportunidade de fazer uma matéria exclusiva e fez seus contatos com o jornal onde ele trabalhava. Mas a notícia foi se espalhando e várias emissoras de TV já estavam na frente do museu, prontas para saberem mais sobre o que estava acontecendo lá dentro. O repórter ofereceu ajuda a Sam dizendo que poderia limpar sua barra, cobrindo a matéria e provando que ele era inocente.
O filme discute o poder da mídia sobre a opinião pública, fazendo uma espécie de jogo com as suas emoções. Quando as emissoras exibiam imagem positivas de Sam, o público ficava a favor dele, mas quando outras redes divulgavam imagens denegridas, o público se posiciona contra. Pode-se perceber também, sensacionalismo no filme, quando o jornalista em vez de ajudar Sam, manipula a informação para prejudicá-lo.
Costa Gravas discute o poder e a manipulação da mídia para favorecer os interesses de terceiros, e em busca da conquista de audiência. Na verdade, a imprensa é o primeiro poder no momento de construir uma imagem e também de destruí-la, não importando se para isso irá prejudicar pessoas e atrapalhar vidas. Título Original: Mad City com um Gênero: Dramático, Tempo de: 114 minutos sendo lançado nos (EUA) no ano de 1997, no Estúdio: Arnold Kopelson Productions / Punch Productions, Direção: Costa-Gravas, tendo o Roteiro de Tom Matthews, baseado em história de Tom Matthews e Eric Williams, Produção: Anne Kopelson e Arnold Kopelson, Música: Thomas Newman e Philippe Sard e Figurino: Denise Cronenberg e Deborah Nadoolman
Edição: Françoise Bonnot

Elenco:
Dustin Hoffman (Max Brackett)
John Travolta (Sam Baily) – “Ator Principal”
Mia Kirschner (Laurie)
Alan Alda (Kevin Hollander)
Robert Prosky (Lou Potts)
Blythe Danner (Sra. Banks)
William Atherton (Dohlen)
Ted Levine (Lemke)
Tammy Lauren (Srta. Rose)
Raymond J. Barry (Dobbins)
Lucinda Jenney (Jenny)
Akosua Busia (Diane)
Jay Leno (Jay Leno)
Larry King (Larry King).
O cineasta grego Constantin Costa-Gavras testou os limites do cinema político em marcos como Z e A Confissão. Em O Quarto Poder, Gravas desvia as câmaras das ditaduras de esquerda e direita para focalizar um das grandes questões deste fim de século: as relações insidiosas entre o jornalismo e o show business. Gavras realiza um remake do clássico de Billy Wilder, A Montanha dos Sete Abutres (1951), em que um repórter decadente tenta aquecer uma notícia para voltar a trabalhar em um grande veículo. É o que acontece a Max Bracket (Dustin Hoffman), um repórter de TV do noticiário local, escalado para fazer uma matéria sobre as dificuldades financeiras de um museu.
No mesmo dia, Sam Baily (John Travolta) invade o local armado para enfrentar a diretora da instituição e tentar reaver o emprego de vigia. Como o lugar está infestado de crianças, logo se configura um seqüestro e Bracket fareja uma oportunidade para transformar o caso em drama de interesse nacional. Baily é um pobre-diabo que não entende a dimensão de seu ato, uma presa fácil para Bracket, que o aconselha durante vários dias, planejando seus passos de modo a torná-lo uma isca atraente para a mídia e para o público.
Enfim, o roteirista Tom Matthew imaginou a história a partir do trágico desfecho do cerco de 51 dias aos fanáticos do Ramo de Davi, em Waco, Texas, que terminou em suicídio coletivo. Como o cerco se estendeu durante muito tempo, os jornalistas passaram a inventar histórias para esquentar o interesse dos noticiários, devastando um dos valores sagrados do jornalismo tradicional.

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